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MOÇÃO À DIREÇÃO DA CUT NACIONAL



Dirigimos-nos a Direção Nacional da CUT para expressar nosso mais veemente protesto e desacordo com a iniciativa do Presidente da CUT, Vagner Freitas, que em nome da CUT, e junto com outras Centrais Sindicais, apresentou à equipe econômica do governo, uma alternativa para permitir que o Governo autorize as indústrias e outros setores a reduzirem a jornada de trabalho e os salários, em até 30%, alegando ser uma medida para salvar os empregos em tempos de crise.

Caros companheiros, membros da direção nacional da CUT, esse é o momento para ir para cima do governo cobrar o atendimento das nossas reivindicações. Fomos nós, com a nossa militância, que barramos a volta do PSDB e reelegemos Dilma. O que esse governo deveria fazer é romper com os patrões e o capital e chamar a classe trabalhadora para impor nossas reivindicações e anseios.

Nosso Sindicato e nossa categoria rejeita esta proposta! Quando há crescimento econômico temos que lutar para arrancar até mesmo a inflação. Em tempos de crise nós oferecemos cortar até 30% do nosso salário para não diminuir os lucros patronais?

Que os patrões paguem a crise, não os trabalhadores!

Neste momento a Direção da CUT deveria estar mobilizando todos os seus sindicatos, os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo para exigir do Governo Federal:

• Redução de jornada de trabalho sem redução de salários!
• Estabilidade no emprego! Nenhuma demissão! Que toda empresa que demita seja estatizada sem indenização sob controle dos trabalhadores.
• Escala móvel de salários! Se a inflação aumenta, aumento imediato dos salários igual a inflação.
• Fim do fator previdenciário, revogação das reformas da previdência. Estatização de todos os fundos de pensão sob controle dos trabalhadores.
• Pagamento do piso salarial dos professores, intervenção em todos os municípios e estados que não cumprem a lei do piso.
• Controle dos trabalhadores em toda empresa estatal! Comissão eleita pelos trabalhadores, com poder de demitir os corruptos e sabotadores das empresas estatais.
• Revogação de todas as privatizações.
• Exigimos a convocação imediata de uma Plenária Nacional de sindicatos cutistas para defender os salários, empregos, direitos e conquistas e avançar na luta por nossa pauta.

Roque José Ferreira
Coordenador de Organização e Comunicação